domingo, 31 de dezembro de 2017

MENSAGEM À NAÇÃO DE SUA EXCELÊNCIA DR. JOSÉ MÁRIO VAZ PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Discurso do fim do ano 2017: JOSÉ MÁRIO VAZ ELEGE 2018 ANO DE RECONCILIAÇÃO NACIONAL
Por BAMBARAM DI PADIDA:

No seu tradicional discurso do fim do ano, o Presidente da República, José Mário Vaz, assegura que o ano 2018 é uma oportunidade ímpar para os guineenses darem o início à construção dos fundamentos para uma verdadeira reconciliação nacional. Adianta ainda que “mesmo que seja com ‘pequenos passos’ – devemos corrigir as injustiças, olhar para os erros e apreender com as lições do passado”. Em voz firme,  o Chefe de Estado diz que “não podemos deixar que pequenas coisas nos dividam, todos somos irmãos e é certo de que um dia já divergimos em algum momento nas nossas vidas, mas nem por isso não reconsideramos as nossas posições”.

Sobre a crise político-institucional, José Mário Vaz, afirma que cada um tem a sua quota parte da responsabilidade, seja ela direta ou indiretamente, seja por ação, seja por omissão do dever de participação cívica.

“Ao longo deste ano, o ambiente nos debates entre políticos foi mais inflamado do que mandam as regras da sã convivência e da boa educação, e consequentemente afetou toda a sociedade em geral, criando mal-estar nas nossas casas, entre irmãos, amigos, vizinhos”, espelhou.


No registo das realizações positivas, Vaz destacou, no seu discurso,  a participação dos Djurtus no CAN, a campanha de comercialização de castanha de cajú cujo preço ao produtor atingiu 1.000 XOF/Kg, o crescimento da economia guineense, a recuperação da confiança de alguns parceiros internacionais, a boa gestão das finanças públicas, o pagamento ininterrupto de salários, a regularização dos atrasados com algumas organizações nacionais e internacionais.

Eis na íntegra o discurso de Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz:


Caros Guineenses, 
Termina mais um ano, mais um ano na vida de cada guineense e mais um ano como Presidente da República, cargo esse que me foi confiado pelo nosso povo.  

 Aproveito esta oportunidade para apresentar os meus mais calorosos cumprimentos de Novo Ano – aos cidadãos guineenses, residentes no país ou no estrangeiro e aos cidadãos estrangeiros que escolheram o nosso país para viver e trabalhar. 

 Igualmente aproveito esta ocasião para aqui deixar uma palavra de apreço e de solidariedade às mulheres e homens que integram a força da ECOMIB que, longe das suas famílias, num país que não é o seu, numa missão de paz, passam connosco mais uma quadra festiva.

 Desejo a todos, um Feliz Ano de 2018, fazendo votos que seja um Ano de paz, harmonia, tolerância e de reconciliação. 

Caros Compatriotas, 

 O ano de 2017, foi mais um ano de aprendizagem, com alguns avanços e recuos, mas não podemos perder o que de bom conseguimos realizar ao longo deste ano e corrigir o que falhou. Devemos avaliar as estratégias menos bem-sucedidas, para naturalmente, aprendermos com os nossos próprios erros. 

É verdade que ainda ao longo deste ano de 2017, não conseguimos alcançar todas as metas traçadas com as quais sonhamos e cujo objectivo é melhorar a vida dos nossos irmãos guineenses. 
      
Mulheres e Homens Guineenses,  

 Não podemos perder a esperança. Sei que a vida dos guineenses não é a vida que desejamos enquanto irmãos, e enquanto dirigentes que o povo elegeu. Mas eu Acredito no Amanhã. 

 Vamos iniciar um ANO NOVO, e com ele temos que renovar as nossas esperanças e ter a coragem para iniciar uma nova etapa.

 Eu, na qualidade de Presidente de República, convido cada guineense a fazer uma reflexão sobre os acontecimentos que marcaram, a nossa vida no ano 2017 e a fazerem uma análise sobre atual situação política do país. Olhemos não para as palavras, mas para os actos concretos de cada actor  político e retiremos  conclusões objectivas e com ponderação.

 Em relação à crise político-institucional, não podemos isentar ninguém das responsabilidades que lhes cabem enquanto cidadão, ou seja, cada um de nós tem a sua quota parte da responsabilidade, seja ela directa ou indirectamente, seja por acção, seja por omissão do dever de participação cívica. 

Ao longo deste ano o ambiente nos debates entre políticos foi mais inflamado do que mandam as regras da sã convivência e da boa educação, e consequentemente afectou toda a sociedade em geral, criando mal-estar nas nossas casas, entre irmãos, amigos, vizinhos. 

O atual momento político de crispação que vivemos, é inegavelmente uma experiência negativa na nossa democracia, mas podemos igualmente considerála como uma oportunidade para os guineenses encontrarem novos caminhos e abordagens para a concretização da tão almejada reconciliação nacional.

 Mas, será que conseguimos dar passos em frente no caminho pretendido?

 Apesar das desavenças, eu, acredito que nós demos passos significativos, mas não o suficiente, porque estou convicto de que podemos fazer ainda mais e melhor. O guineense quando quer, faz!

O ano de 2017 foi marcado por: - Os Djurtus fez-nos viver um dos melhores momentos no Desporto, vimos a nossa bandeira a ser levantada e dignamente representada no CAN pelos nossos jogadores que no peito transportavam a esperança de um povo, nesse momento todos os guineenses uniram-se e juntos torcemos pela vitoria da nossa seleção nacional. Obrigado Djurtos por nos terem feito sonhar e continuamos a acreditar nas vossas capacidades, apesar de o resultado não ter sido o desejado. 

 - 2017 foi o melhor ano para a campanha da castanha de Cajú, o preço da castanha no produtor atingiu 1.000XOF/Kg 

 - Registamos um crescimento da nossa economia;

 - Recuperamos a confiança de alguns parceiros internacionais;

 - Colocamo-nos a prova e através da boa gestão das nossas finanças públicas, conseguimos com os nossos recursos internos cumprir os nossos compromissos, como o pagamento ininterrupto de salários,

regularização dos atrasados com algumas organizações nacionais e internacionais,  fizemos investimentos dentro do previsto no programa de investimento público (PIP), entre outros marcos de sucesso; 

 - Apostamos fortemente na agricultura e apoiamos os nossos agricultores no aumento da produção do arroz para consumo interno e demos inicio à exportação de alguns produtos agrícolas nacionais, nomeadamente a batata-doce. 

 - Apoiamos as nossas mulheres nas ilhas que há muito enfrentavam dificuldades na conservação do seu pescado, e hoje esta em curso a instalação da uma fábrica de gelo; 

 De gota a gota, vamos encher o nosso oceano de esperança, o futuro não se constrói em três anos e meio, com discursos bonitos, mas sim com trabalho, com muito trabalho, com "Mon-na-Lama" e apoiado com o dinheiro do Estado no cofre do Estado.

 Defendi sempre a erradicação da fome, mais e melhor educação para todos, maior coesão, menos desigualdade e reforço da nossa unidade afim de manter o clima de estabilidade que conquistamos ao longo destes três anos e meio. 

 Tenho dito em diversas ocasiões, temos todas as ferramentas para fazer avançar o país.
O nosso país vive uma paz civil autêntica – durante os três anos e meio do meu mandato – graças às nossas forças de defesa e segurança, não houve um único tiro nos quarteis. 
Não há crianças órfãs porque o pai morreu por questões políticas. 


Não há mulheres viúvas porque o marido morreu por questões políticas. 
Na Guiné acabaram as mortes politicas.
Ninguém foi morto ou espancado por razões políticas.

Não foram registados casos de prisões arbitrárias.

Há liberdade de expressão, de imprensa e de manifestação.

Na Guiné-Bissau hoje, não se colocam questões de violações de direitos humanos.

 Meus irmãos, o tempo do ódio acabou, mesmo que deixe de ser Presidente da República hoje, eu sei que o meu país mudou.

Caros Compatriotas e amigos da Guiné-Bissau,

 Apesar de tudo, estes três anos e meio ajudaram o nosso povo a conhecer melhor todos os políticos da nossa praça, sobretudo poderão avaliar aqueles que poderão fazer algo para o nosso país quer hoje quer no futuro. 

 Durante o ano de 2017, percorremos muitos quilómetros da nossa Guiné profunda para visitarmos o nosso país de norte, sul e ilhas, e conhecer os reais problemas do nosso país e do nosso povo, sobretudo como vivem os nossos irmãos que partilhamos a mesma identidade, o mesmo território, mas vivemos em condições diferente. 

 Foi uma experiência única, poder visitar as nossas regiões, as nossas cidades, as nossas tabancas, as nossas ilhas, foi gratificante pela forma calorosa como nos receberam por todos os lugares por onde passamos. 

 Mas também, foi com profunda tristeza e preocupação o que vimos no terreno, a falta de condições mínimas da nossa população em várias

Zonas Visitadas. 

No interior do país falta quase tudo para não dizer tudo. O nível péssimo de cuidados primários, a educação, o saneamento básico, os acessos e as condições difíceis para a produção de alimentos de que o nosso povo necessita são as preocupações reais e constantes do Presidente da República. 

 Manter o país com esse nível de assimetria pode contribuir na descredibilização da política e dos políticos na medida em que, somos eleitos pelo mesmo povo e devemos estar ao serviço de todos os Guineenses. 

 Ainda durante as visitas ao interior, mais concretamente aquando da visita às bolanhas identificamos famílias que perderam quase tudo, devido às catástrofes naturais, e muitas famílias ficaram sem meios de sobrevivência. Estas famílias que já eram em si vulneráveis e com as mudanças climáticas ficaram pior e a sua sobrevivência requer o apoio e o acompanhamento do Estado. 

 Através dos apoios de parceiros como a República Popular da China conseguimos apoiar inúmeras famílias distribuindo arroz para o consumo e desta forma minimizar o sofrimento das mesmas. 

Caros Compatriotas,

 Não podemos esquecer de que só juntos e unidos podemos engradecer a nossa pátria amada. Ninguém pode ter a pretensão de pensar que é único, capaz de trabalhar ou ocupar um determinado lugar. Somos todos guineenses, temos muitos guineenses capazes e reconhecidos por esse mundo fora, com vontade de dar o seu melhor por este país. 

 Nós os políticos temos uma grande responsabilidade, porque o povo depositou confiança em nós e deu-nos voluntariamente o seu voto e por isso temos que fazer mais e melhor pelo povo. 

 Temos que ter respostas acertadas em palavras e actos face ao que o nosso povo quer e espera de nós, isto é, tranquilidade, melhores condições de vida e um futuro diferente do que conheceu até aos dias de hoje. 
      
Caros Guineenses, 

 Assim sendo, o trabalho de cada um de nós ou melhor, só com o trabalho de todos nós, o nosso país será um grande país. 

 Reafirmo com orgulho que esta pátria que nos viu nascer, só a nós nos pertence.  Não se deixem levar por aqueles que só pensam nos seus interesses pessoais, família ou de grupo. 

 Hoje devemos concentrar as nossas forças em defesa do interesse comum.  A Guiné-Bissau é de todos, e a Guiné-Bissau é para todos, sem raça e nem cor, sem religião, sem distinção de qualquer natureza. 

 Mesmo todos juntos, somos poucos para enfrentar o desafio que temos pela frente e, portanto, ninguém pode ou deve ficar para trás. Por isso esta caminhada só faz sentido se estivermos juntos. 

Caros Compatriotas,

 O início de 2018 constitui uma oportunidade ímpar para os guineenses darem início à construção dos fundamentos para uma verdadeira reconciliação nacional. 

Mesmo que seja com “pequenos passos” – devemos corrigir as injustiças, olhar para os erros e apreender com as lições do passado. Não podemos deixar que pequenas coisas nos dividam, todos somos irmãos e é certo de que um dia já divergimos em algum momento nas nossas vidas, mas nem por isso não reconsideramos as nossas posições. 

 É verdade que todos nós já mostramos sinais de cansaço com esta crise que se tem arrastado ao longo deste dois anos e meio e que provocou sofrimento para todos nós.

Os próximos dias serão cruciais para mostrarmos ao mundo que nós guineenses somos capazes de resolver os nossos problemas internos.  Nós não devemos confiar mais nos outros que vêm de fora, desvalorizando e deixando de lado os nossos irmãos. Essa atitude não é boa para a imagem do nosso povo e nem para o nosso país.  


Nós, guineenses temos maturidade suficiente para reconhecer o bem e o mal e o penoso impacto que esta crise vem causando junto do nosso povo.  

 Tanto o acordo de Bissau, o Acordo de Conacry e o roteiro recentemente apresentado em Abuja na Cimeira dos Chefes de Estado da CEDEAO são instrumentos validos e estão disponíveis para serem apropriados pelos atores políticos e pelo nosso povo.  O Roteiro apresentado na Cimeira da CEDEAO é um instrumento importante, pois é o que faltava para detalhar os passos no caminho a seguir para a implementação dos Acordos de Bissau e de Conakry. Face a esses instrumentos não há nada que nos impeça de reconciliar ou impedir o nosso entendimento.  
Aos nossos políticos, aos nossos jovens, as nossas mulheres, mães e irmãs, aos nossos homens grandes, a nossa comunidade na diáspora e à sociedade civil em geral, convido a caminharmos juntos, de mãos dadas, com os olhos postos no futuro, para o bem do nosso país. Assim, juntos, colocando de lado ambições e egoísmos, construiremos um novo ano diferente, uma paz sólida e duradoira, alicerçada no desenvolvimento da terra que partilhamos, “Tchon ku nô Djunta”. 

Guineenses, Façamos de 2018 o ano da Reconciliação! 

Desejo a todos, um Feliz Ano de 2018, fazendo votos que seja um Ano de reconciliação, paz, saúde e prosperidade para a grande família Guineense.   

Os nossos agradecimentos a todos os nossos parceiros internacionais e em especial a CEDEAO pelo esforço na resolução desta crise interna. 
  
Mulheres e Homens Guineenses, 

Reafirmo a minha convicção de que, com a determinação e coragem que sempre caracterizaram o povo guineense, vamos vencer, mais este desafio da reconciliação nacional. E juntos seremos mais fortes, mais solidários, e é o que nosso povo espera de todos e de cada um em particular.

Orgulhamo-nos de que a nossa união que fez a diferença no passado, terá que ser a nossa ferramenta, e a nossa força no presente e no futuro. 
    
Eu acredito. Peço-vos que acreditem que podemos reconstruir o nosso país! 
A todos os guineenses um Feliz Ano Novo! 

 Viva a República da Guiné-Bissau!
 Que Deus abençoe a Guiné-Bissau e ao seu povo!

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

A SUA SANTIDADE E AUTORIDADE MÁXIMA DA IGREJA CATÓLICA NO MUNDO PODERÁ VISITAR O CHÃO DE AMILCAR CABRAL. COM EFEITO, O PRESIDENTE

JOMAV FORMULA CONVITE AO PAPA FRANCISCO PARA VISITAR A GUINÉ-BISSAU
O Presidente da República, José Mário Vaz, entregou esta segunda-feira, 18 de Dezembro 2017, ao Bispo da Diocese de Bissau, Dom José Camnate Na Bising, uma carta de convite ao Santo Papa Francisco, para visitar a Guiné-Bissau.

A saída do encontro com Chefe de Estado no Palácio da República, Dom José Camnaté disse que o Presidente da República entregou-lhe um convite ao Papa Francisco a fim de visitar o país no quadro de um périplo que este irá fazer por diferentes países. O reverendíssimo Bispo de Bissau garantiu que a Diocese de Bissau seguirá os procedimentos normais para fazer chegar o convite de José Mário Vaz junto de Papa Francisco e, posteriormente, aguardar pela resposta do Vaticano.

“O Santo Padre tem hábito de visitar vários países em cada ano para levar a sua mensagem de reconciliação e paz como costuma dizer nas periferias geográficas e humanas do mundo, de maneira que o Chefe de Estado guineense quis aproveitar esta oportunidade para dirigir um convite ao Papa. Infelizmente ainda não tenho conteúdo da carta de maneira que não posso falar da data da sua vinda ao país que também dependerá do Vaticano”, informou José Camnaté Na Bising.

O Bispo da Diocese de Bissau exortou aos cristãos católicos do país no sentido de rezarem para que todos os guineenses, em particular os dirigentes da Guiné-Bissau, se deixem ser guiados pelo “espírito do Senhor” que quer que os seus filhos vivam em harmonia, reconciliados e saibam construir o seu futuro, seguindo os ensinamentos de Jesus Cristo.

Igualmente, o Chefe de Estado, recebeu também em audiência o Representante da União Africana no país. Depois da reunião, Pequeno disse ter transmitido ao Presidente Vaz a mensagem do Presidente da Comissão da União Africana, em pedir apoio da Guiné-Bissau para a consolidação do mercado único de transporte aéreo.

Ovídeo Pequeno explicou que a consolidação do mercado único de transporte aéreo ao nível do continente é uma decisão tomada na Cimeira de 2015 e o lançamento deste mercado deveria ocorrer em 2017, mas devido a alguns problemas estatutários e a fraca adesão de países ao projeto, os trabalhos forram inviabilizados.

“Lançamento da consolidação do mercado único de transporte aéreo foi decidido para Janeiro do próximo ano, durante a Cimeira da União Africana. Nesse sentido, o Presidente da Comissão da União Africana, solicitou apoio da Guiné-Bissau para que possa fazer parte deste primeiro grupo do lançamento do mercado aéreo”, assegurou Ovídeo Pequeno.

Solicitado a pronunciar-se sobre a situação política vigente no país há mais de dois anos, Ovídeo Pequeno escusou-se a fazer qualquer comentário, alegando desconhecer  o  conteúdo do comunicado final do encontro de Abuja.


Por: Aguinaldo Ampa

PRESIDENTE DA REPUBLICA COM UMA AGENDA ATUANTE E INTERVENTIVA. DEPOIS DE ABUJA NÃO HÁ TEMPO A PERDER. COM EFEITO:

O Presidente da Guiné-Bissau recebe na quinta-feira representantes dos cinco partidos com assento parlamentar para discutir a implementação de um roteiro que apresentou para a saída da crise política no país, disse à Lusa fonte partidária.

Segundo Conosaba e Lusa, José Mário Vaz pretende ouvir os representantes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Partido da Renovação Social (PRS), do Partido da Convergência Democrática (PCD), do Partido da Nova Democracia (PND) e da União para Mudança (UM).

Em cima da mesa estará a discussão de um roteiro que o chefe do Estado guineense desenhou para a saída da crise política que assola o país há mais de dois anos, o que levará à implementação do Acordo de Conacri, instrumento patrocinado pela Comunidade Económica de Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) com o qual se pretende acabar com a crise na Guiné-Bissau.

Com o mesmo objetivo, o Presidente guineense auscultou hoje as confissões religiosas, representantes de todos os partidos sem assento no parlamento e os régulos (autoridades tradicionais).

Também na quinta-feira, José Mário Vaz recebe o líder do parlamento, Cipriano Cassamá, a plataforma das mulheres facilitadores do diálogo no país e ainda representantes do movimento da sociedade civil.

O projeto elaborado pelo chefe de Estado para implementação do Acordo de Conacri e consequentemente acabar com a crise política na Guiné-Bissau, passa, no essencial, pela reintegração plena e sem condições dos 15 deputados expulsos do PAIGC, assim como a anulação de todas as Conferencias forjadas pelo DSP para purgar todos aqueles que nutrem simpatias pelo Grupo 15.

O Roteiro do Presidente JOMAV para a saida da crise prevê ainda a reabertura e funcionamento total do parlamento.

O Presidente JOMAV depois de observadas todos os passos, deverá exonerar o actual Governo, para nomeação de um próximo executivo que será talhado para organizar eleições gerais em 2019.

O actual Governo do General Sissokó Embaló conta com o apoio da maioria dos deputados, sendo 41 do PRS, 12 Deputados do Grupo 15, dos 2 Deputados de PCD e do único Deputado de PND. E mais,  além dos apoios de 56 Deputados o Executivo guineense conta ainda com apoios de uma outra plataforma de 18 partidos, sem representação parlamentar, que defende a manutenção do atual executivo de Sissoco Embaló, que já veio ao publico dizer que não está agarrado ao poder.

Conosaba/Lusa/DITADURA DO PROGRESSO

NAS FOTOS ABAIXO, ALGUNS LIDERES PARTIDÁRIOS CONVOCADOS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA JOSÉ MARIO VAZ PARA O DIA DE HOJE:



 
 
 


quarta-feira, 22 de novembro de 2017

UNIÃO AFRICANA PEDE SENTIDO DE ESTADO A LÍDERES POLÍTICOS GUINEENSES E PEDEM MAIS ESFORÇO FINANCEIRO PARA MANTER MISSÃO MILITAR

Resultado de imagem para representação da União Africana em Bissau
O Conselho de Paz e Segurança da União Africana reunido de 15 a 17 de Novembro, em Adis-Abeba, pediu ao Presidente da República e a todos os líderes políticos guineenses, para terem sentido de Estado e de responsabilidade para alcançarem uma solução para o atual impasse político na Guiné-Bissau.

A União Africana e a União Europeia pedem reforço dos esforços financeiros para a força militar da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) continuar as operações na Guiné-Bissau, segundo um comunicado divulgado hoje à imprensa.

O comunicado foi divulgado hoje pela representação da União Africana em Bissau e foi emitido após a 10.ª reunião conjunta do Conselho de Segurança da União Africana e da Comissão Política e de Segurança da União Europeia, realizada a 17 de novembro, na Etiópia.

«O Conselho de Segurança da União Africana e a Comissão Política e de Segurança da União Europeia salientam a importância de reforçar os esforços para mobilizar apoio financeiro para suportar a continuação das operações da missão da CEDEAO (Ecomib), na Guiné-Bissau, especialmente tendo a aproximação das eleições legislativas (previstas para 2018)», lê-se no comunicado.

No encontro, as duas organizações manifestaram preocupação com a situação política no país e concordaram que a incerteza política ameaça a «estabilidade e o futuro democrático» da Guiné-Bissau e continua a paralisar as instituições.

A União Africana e a União Europeia sublinham também a necessidade de os atores políticos guineenses encontrarem uma solução para a crise política para «garantir a criação de condições para a realização de eleições legislativas em 2018 e presidenciais em 2019, respeitando a Constituição do país».

O atual Governo da Guiné-Bissau não tem o apoio do partido que ganhou as eleições legislativas em 2014, o PAIGC, que viria a perder a sua base maioritária no parlamento ao expulsar 15 dos 57 deputados, restando apenas com 42 Deputados.

Neste particular, o ainda Lider do PAIGC engendra a politica de terra queimada, criando varias situações de dificuldades que levaram a varias intervenções da comunidade internacional.

Contudo, ultimamente o impasse político tem levado vários países e instituições internacionais a apelarem a um consenso para a aplicação do Acordo de Conacri, liminarmente recusado pelo PAIGC, que persiste na recusa de proceder ao “retorno incondicional dos 15 Deputados perseguidos e expulsos a mando do líder do PAIGC”.

O Acordo de Conacri, patrocinado pela CEDEAO, prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado, entre outros pontos.

Importa aqui referir que o Presidente da República cumpriu a sua parte do Acordo de Conacry, ao nomear o General Sissoko Embaló, um dos 3 nomes que obteve consensos das representações de 41 Deputados do PRS + 15 Deputados Expulsos pelo PAIGC, perfazendo 56 Deputados contra actual 42 Deputados do PAIGC.

A Ecomib foi enviada para a Guiné-Bissau para garantir a segurança dos titulares dos órgãos de soberania, na sequência do último golpe militar ocorrido no país, em Abril de 2012.

A força militar destacada pela CEDEAO integra militares do Senegal, Togo, Burkina-Faso e Nigéria.



O acordo entre a CEDEAO e a Guiné-Bissau para o envio daquela força foi assinado em Novembro de 2012 com um mandato de seis meses, que tem sido consecutivamente renovado por igual período de tempo nas cimeiras de chefes de Estado e de Governo daquela organização da África Ocidental.

O QUE SERÁ QUE MOVE DSP AO TENTAR, A TODO CUSTO. MANOBRAS E ARTIMANHAS PARA CRIAÇÃO DE CAOS E DESORDEM?

As actividades Subversivas e cultura de impunidade tem dias contados na Guiné Bissau, pois que as Leis, as ordens e a autoridade de Estado têm de ser respeitadas. 
Foto de Omi Garandi.
DSP SATISFEITO, MARAVILHA-SE EM BANQUETE, DEPOIS DA MANIFESTAÇÃO DE VIOLÊNCIA E CONFRONTO COM AS FORÇAS DA ORDEM - 16 DE NOVEMBRO
Foto de Omi Garandi.
Os lideres políticos agrupados no Bando de DSP e seus 16 Criminosos ou sei lá raios que os partam e seus comparsas têm de saber que viver a margem da Lei ou querer humilhar ou afrontar as forças da ordem tem sempre consequências imprevisíveis, pois que  não se pode pretender que as nossas forças da ordem tenham papel residual ou passiva ante tentativa de subversão da ordem constitucional.

O Líder do PAIGC tem de saber que o Estado da Guiné Bissau é um Estado do Direito e que não compadece com certas atitudes ou caprichos de lideres frustrados, cuja liderança esteve em causa logo após a perseguição e expulsão dos 15 Deputados e dirigentes do PAIGC.

O vício de desvios, da impunidade, da indisciplina e da desordem ou tentativa DESESPERADA DA CRIAÇÃO DE CAOS terão doravante seus correspectivos tratamentos judiciais na Guiné Bissau.

Felizmente que mais vale tarde que nunca, pois que o actual regime pugna pela manutenção da ordem constitucional, pelo que os líderes políticos ou aprendizes de liderança no cargo têm que aprender a coabitar e viver dentro da lei e da ordem. 

Não se concebe que alguém que ambiciona ser poder pretenda induzir a outrem seus dons de maquinação e subversão. Tudo por conta de infantilismo politico.

Quem mandou Domingos Simões Pereira a perseguir e expulsar seus 15 camaradas do PAIGC, num acto de infantilismo politico e de intolerância, com tiques de arrogância?

Quem mandou ou orquestrou a perseguição e expulsão de Responsáveis do Partido nas diferentes Regiões, sectores e zonas politicas?

Quem tenta encenar a escolha de delegados para Congresso na base da lista única ou pseudo-solidária?

Não será isto antidemocrático, depois de várias conquistas democráticas que levaram inclusive a abertura política do PAIGC?

Nesta fase da democracia impor Lista Única versos solidária e com votação por braço levantado, não será isto o regresso a ditadura interna no PAIGC, perpetrado por bando de aventureiros políticos e ou Chicos-esperto?

Como poderão os autores ou co-responsáveis desta ideia maquiavélica de impedir a lista alternativa de adversários ou opositores interno do pequeno líder infantil do histórico PAIGC?

Fazem tudo isto e ainda têm a cara, latas ou veleidade de tentarem fazer crer ou pretender o contrário, generalizando para o país, na tentativa de ludibriar ou de manipular o povo guineense fazendo crer que ha ditadura no país?

Não será tudo isto, por interesses obscuros e inconfessos que pretendem ou tentam lançar dúvidas na cabeça dos guineenses, mentindo de que o Presidente JOMAV é ditador. Mentira, para na volta fazerem aproveitamento político com fins de lançar caos?

Meus senhores, hoje os guineenses já sabem e conhecem esta velha tática de falar ou repetir inverdades tantas vezes para se transformar mentiras em verdades. 

Contudo, os guineenses estão atentos e em alerta para rol de inverdades e de tentativa de calúnia e de intrigas politicas para desestabilizar. E mais, o Governo do General Sissokó Embaló esta cada vez mais consciente dos firmes propósitos que o orientam.

Este Governo saído dos Acordos de Conakry está cada vez mais unido e coeso, o que lhe permite aplicar escrupulosamente as orientações do Presidente da República que em boa hora emitiu as principais directrizes dentre quais do Dinheiro de Estado para Cofres de Estado; mais acção, dinamismo e produtividade; funcionamento do Governo na base da Justiça, da verdade e da transparência na gestão da coisa pública.

É este Governo que o líder infantil e ditador do PAIGC quer baralhar com inveja dos resultados que este vem conseguindo, pois que todos os membros do Governo estão comprometidos com a Nação, por serem patriotas.

Não quererá DSP e Comapny  o derrame de sangue ou caos, para que a comunidade internacional possa inculpar o Presidente JOMAV?


Assim sendo, pretender sacudir as águas do capote não resulta. O Domingos Simões Pereira deve parar estas manobras ou tentativa de lançar dúvidas na cabeça das pessoas e mormente, de tentar fazer algum aproveitamento mentindo ou insultando o Presidente JOMAV ou de estar a desafiar as actuações das forças da ordem, pois que isso dá cadeia, sem contar com os processos que já têm acusações sobre o famigerado RESGATE e pela utilização indevida e abusiva dos dinheiros do Sector Privado guineense - FUNPI.

GUINÉ-BISSAU MADEM-G15 A BEIRA DE MAIORIA CONFORTÁVEL

O COORDENADOR DO MADEM-G15, BRAIMA CAMARÁ, BÁ DI POVO - O ESCOLHIDO E FAZEDOR DE CONSENSOS VEM SUBINDO CADA VEZ MAIS NA CONSIDERAÇÃO DOS GUI...